sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Último de Geografia

Matéria do Fernando Mendes
Capítulo 16 - Espaço Urbano
O processo de formação das cidades é o que mais evidencia a ação do homem no espaço natural (alteração na vegetação, no relevo, na hidrografia). Com a urbanização e a intensificação do processo de êxodo rural, o setor terciário das cidades começou a ganhar força e espaço, ocupando os centros das cidades, que foram se tornando áreas supervalorizadas e que começaram a saturar, com o tempo. Essa saturação leva à queda da qualidade de vida, excesso de competitividade, o que leva à busca de novos locais para a instalação do setor terciário "nobre" (lojas mais chiques), os subcentros urbanos, que são afastados da zona central. Com a decadência do centro, a tendência das moradias mais ricas é se transferir para a periferia, deixando o centro povoado pela população de baixa renda, que não vive em boas condições.
Outro processo que gera segregação social nas cidades é o de especulação imobiliária: são construídos prédios habitacionais numa área pouco urbanizada, o que deixa os preços baixos, atraindo a população de baixa renda. Com o tempo, vão chegando os serviços de transporte, iluminação, escola, etc., e o imóvel valoriza muito, impedindo a população de baixa renda de continuar morando ali, sendo enxotada para as "cidades clandestinas", as favelas, aonde há casas construídas com péssimos materiais e péssimas técnicas e aonde não há serviços de saneamento, policiamento... Ou seja, o Estado é ausente e a população vive sem lei, aumentando a violência nas cidades.

Capítulo 18 - Política Territorial: Amazônia
Primeiramente, temos que diferenciar a Amazônia Internacional da Amazônia Brasileira, pois a Amazônia, um bioma, abrange vários países vizinhos ao Brasil. A Amazônia, também chamada de Amazônia Legal, corresponde a aproximadamente 61% do território nacional (quase toda a região Norte, o Maranhão e o Mato Grosso. Para gerenciar o desenvolvimento e incentivar o povoamento da Amazônia, foi criada, em 1953, a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (a SPVEA) , responsável pela construção da rodovia Belém-Brasília, com início do plano de integração territorial.
Em 1966, os militares substituíram a SPVEA pela SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), criando, simultaneamente, o Basa (Banco da Amazônia), que atraiu investimentos privados para a região. O maior problema enfrentado pela SUDAM era a fraude nas licitações. Exemplo: um sujeito pegava 30 milhões para construir um projeto de frigorífica perto de Manaus e usava o dinheiro para comprar bens e aplicar parte do dinheiro na Bolsa. Com a inflação, o dinheiro aplicado gerava muito mais dinheiro, que o sujeito pagava à SUDAM, alegando que não faria mais a obra. O problema é que a SUDAM não cobrava juros nem correção monetária, de forma que era muito lucrativo dar calote. Ainda no Regime Militar, foi construída a rodovia Transamazônica (integração territorial), que acabou por ser um fracasso, pois estava fundeada num solo úmido e instável.
Juntamente com a ferrovia Grande Carajás, a Transamazônica foi um fracasso estrutural, que hoje se encontra em semi-abandono.

Capítulo 19 - Políticas Territoriais - Nordeste
Antes de falarmos sobre as políticas territoriais no Nordeste, vejamos como se divide o Nordeste:
• Zona da Mata: região litorânea, mais urbanizada e populosa, aonde se encontram as principais capitais. O clima da região é tropical úmido. Principais produtos: cacau e cana-de-açúcar.
• Agreste: zona de transição entre o litoral e o sertão. O clima varia entre úmido e seco. Os principais produtos da região são advindos da policultura e da pecuária leiteira.
• Sertão: área da caatinga (bioma adaptado à seca), com clima semi-árido (baixíssimo nível de chuvas, alta insolação, altas temperaturas e baixa umidade). Produtos: fruticultura e pecuária (especialmente de caprinos).

Indútria da seca: mentalidade de não-combatividade em relação à seca no Nordeste, pois ela não prejudica tão intensamente a elite agrária. É a falta de vontade política de mudar a realidade e por em prática projetos que amenizem os efeitos catastróficos da seca, pois por isso em prática demanda muito tempo e dinheiro.

Planos de desenvolvimento:
Em 1960, foi criada a Sudene, com o mesmo objetivo que a SUDAM tinha para a Amazônia: atrair investimento para as regiões. O problema da fraude nas licitações também foi similar ao da SUDAM.
Em 1974, foi criada a CODEFASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), que montou represas, promoveu a irrigação do vale e a construção de moradias para a população da região. Uma questão atual sendo discutida pela companhia é a da transposição do São Francisco, que tem por objetivo fazer alguns alagamentos e desvios do rio para levá-lo aos estados do nordeste aonde o Rio não banha. O projeto passa por muito debate e muita discussão em torno dos trajetos e dos custos das obras, além dos aspectos ambientais de se mudar o curso de um rio.

Agora, matéria do Chicão
Capítulo 17 - Políticas Territoriais - Meio ambiente
Fala de que forma eram e são protegidas as riquezas naturais brasileiras pela legislação vigente. Atualmente, existem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que delimita as áreas que devem ser protegidas e de que forma são protegidas. São tipos de unidades de conservação: Parques Nacionais, Reservas e Unidades de Uso Sustentável (existem outras também). Das unidades de Uso Sustentável, temos as APA`s (Áreas de Proteção Ambiental, caracterizadas pelo uso sustentável da terra) e as APP`s (Áreas de Proteção Permanente, aonde é delimitada uma certa porcentagem da terra ou da mata que devem ser mantidas, obrigatoriamente, como por exemplo em fazendas onde há mata ciliar ou de galeria). O que cai desse capítulo é basicamente isso.

Capítulo 3 - Clima
Entender esse capítulo ajuda a entender todo o processo de formação do clima, do solo, da hidrografia do Brasil. Primeiramente, cabe dizer que o Brasil está, quase todo ele (menos a região Sul), situada entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, zona chamada de Intertropical, caracterizada pela insolação de forma perpendicular durante todo o ano, o que gera as maiores temperaturas médias do globo e as menores amplitudes térmicas (diferença entre as temperaturas mais altas e mais baixas). Essa região é também caracterizada popr ser uma zona de baixa pressão atmosférica, com elevação do ar quente, que é expulso para zonas mais distantes do Equador, o que faz com que essas massas de ar esfriem e desçam, voltando para o Equador, aonde esquentam, sobem e aí por diante (quando a massa de ar 'foge' do Equador, é chamada de vento contra-alísio. Quando sopra para o Equador, é chamada de vento elísio). Por ocorrer essa "atração" das massas de ar para zona de menor pressão, essa zona é chamada de Zona de Convergência InterTropical (ZCIT), que muda de posição ao longo do ano, variando entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. Essa mudança se deve ao fato da inclinação do eixo da Terra ser variável de acordo com a época do ano.
Quando a ZCIT está sobre a Amazônia (durante o verão), é criada uma massa de ar quente e úmida que atua em todo o país, gerando chuvas por todo o país. A massa de ar contrária a essa massa Equatorial continental (mEc), é chamada de massa tropical Atlântica, que é seca (a princípio) e fria, atuando no inverno e gerando chuvas orográficas no litoral (a massa ganha umidade no oceano e é barrada pela costa, condensando e precipitando). A outra massa de ar presente no Brasil, principalmente no inverno, é a massa polar Antártica, que vem do círculo polar e é fria e seca, podendo se estender por quase todo o país (essa massa é chamada de "frente fria", por se confrontar com o ar quente nas regiões do país).
As massas de ar e o ciclo das chuvas delimitam 3 climas básicos no Brasil:
• úmido (equatorial): alto nível de chuvas (região amazônica), causadas pela transpiração vegetal (50%) e pela mEc (50%).
• semi-úmido (tropical): nível médio de chuvas, com alternância da mEc e da mtA.
• semi-árido: nível muito baixo de chuvas (sertão nordestino). A alta pressão atmosférica sobre o nordeste impede a ação do mEc

Os climas levam também à entender a formação do solo nas diferentes regiões, através do intemperismo, que é o processo de desgaste das rocas, responsável pela formação da "terra", do solo "plantável". O intemperismo, de acordo com o clima, pode ser:
• Físico: processo lento de desgaste, com pouca presença de água, retendo pouca água e aprofundando muito pouco o solo, apesar de ser fértil. Ocorre em regiões semi-áridas, principalmente,
• Químico: desgaste provocado pela água, gerando compostos diversos que ajudadm na lixiviação e na erosão, deixando o solo mais pobre e mais profundo, podendo reter mais água.

Com esses conceitos, é mais fácil entender o Capítulo 4 - Domínios Morfoclimáticos.
Domínio morfoclimático é um conceito usado para se referir a um conjunto espacial de grandes dimensões, aonde interagem coerentemente as características do solo, de relevo, de clima, de hidrologia e de vegetação (biomas, abrange diversos ecossistemas). Entre domínios morfoclimáticos sempre há áreas de transição, que envolvem característica de mais de um domínio.

Os domínios são 6:
• Domínio Amazônico: floresta tropical, terras baixas, clima equatorial (mEc), chuvas abundantes, solo pobre (serrapilheira: reposição rápida de nutrientes), floresta latifoliada e perene.
• Domínio do Cerrado: bioma cerrado (campo limpo, campo sujo, cerradão, cerrado propriamente dito e matas de galeria), solo ácido e profundo, fogo natural como forma de limpeza e enriquecimento do solo (intemperismo químico), clima tropical (mEc e mtA).
• Domínio dos Mares de Morros: região litorânea, acidentada, chuvas orográficas (mtA), clima tropical-úmido, solo pobre (intemperismo químico).
• Domínio das Caatingas: Clima semi-árido, solo raso e fértil (seco - intemperismo físico), desertificação.
• Domínio das Araucárias: clima subtropical (frio e seco - mtA e mpA), floresta de coníferas (adaptadas ao frio).
• Domínio das pradarias: pampas do Sul, região de clime subtropical (frio e seco), com influência das massas mpA, principalmente, e mtA.
-Regiões de transição (ecótonos): pantanal, manguezais e mata dos cocais (MA), principalmente.

É isso, galera da L2. Boas provas! Espero que, mesmo atrasado, o resumo ajude.
Abraços,
Mateus Félix

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Pequeno sumário do Fadul!

Sinto muito, galera. Mas tá muito tarde, eu não estudei geografia ainda e não teria nem como colocar resumos. Então, a todos aqueles que estiverem interessados, darei uma mini-aula amanhã de manhã (um resumo falado,praticamente), mais ou menos às 7:30, na sala 23 (1º ano).

Não é um resumo, é apenas um compêndio das informações das aulas do Fadul para ajudar a compreender os slides dele.




Tecido epitelial

Ectoderma => tecido embrionário; dá origem ao epitelial

Epiderme => principal tipo de tecido epitelial

Pele => é um órgão; tem como uma dos tecidos a epiderme

Tecido epitelial de revestimento

Células justapostas + substância amorfa (pouca quantidade)

Tecido avascularizado; lâmina basal = lâmina abaixo do tecido epitelial (base) que possui como função nutrir as células do tecido epitelial

Classificar


1) número de camadas

(apenas 1 camada => simples)

(2 ou + camadas => estratificado)

2)formato das células principais do tecido

Achatadas- pavimentosas

Cubóides

Colunares- colunas- prismáticas

Tegumento dos seres humanos

Pêlo

Células queratinizadas: Vivas /constantemente sofrem mitose/ empurram as mais velhas pra cima (mais achatadas ficam acumulam proteína – queratina – formando a camada córnea - células mortas queratinizadas)

Epiderme (epitelial)

Melanócito – melanina (cor da pele)proteção contra a radiação ultra violeta contra o sol

A diferença de cor significa a capacidade de produzir melanina e não a quantidade de melanócitos/ a ação do protetor solar simula a melanina

Células camada basal

Glândula sebácea

Substância oleosa sebo perda de água (impermeável)

Músculo eretor do pêlo

Vasos sanguíneos

Folículo piloso

Glândula sudorípara: libera suor = Uréia água e sais- temperatura do corpo

Pele = epiderme + derme

Hipoderme = subcutâneo /tecido que acumula gordura

Celulite: acúmulo de gordura que comprime os vasos sanguíneos. Cessa a nutrição e a liberação de toxinas (a elastina e o colágeno). Como conseqüência, ocorre um comprometimento da eliminação de líquidos e toxinas e da reabsorção de gorduras; além disso, o endurecimento das fibras forma pontos salientes e depressões resultando no aspecto característico da celulite, o popular efeito "casca de laranja". A celulite é um problema causado por vários fatores. Um dos maiores responsáveis é o hormônio feminino estrogênio que favorece o acúmulo de gordura nas pernas e quadris - locais favoritos da celulite. Também se atribui o desenvolvimento da

celulite ao aumento de peso, dieta desequilibrada, ingestão insuficiente

de líquidos, uso de roupa apertada, sedentarismo, fumo e stress.

Estria: As estrias são lesões decorrentes da degeneração das fibras elásticas da pele que ocorrem por sua distensão exagerada ou devido a alterações hormonais.


Epitélio glandular:

Glândulas exócrinas => secretam substâncias para fora do corpo ou para dentro de uma cavidade corporal. Ex: glândula mamária, glândulas salivares, sudoríparas.

Glândulas endócrinas=> secretam substâncias diretamente para o sangue nos vasos sanguíneos. Ex: adrenais, hipófise, ovário, testículo.

Mistas=> secretam tanto para dentro quanto para fora do corpo. Ex: pâncreas (ou glândula anfícrina), testículos e ovários.








Sistema imunológico

Antígeno = corpo estranhos no organismo (vírus, bactérias, protozoários, vermes...).

Macrófago = célula do sistema de defesa com função de fagocitar (englobar) o corpo estranho, podendo fragmentá-lo e conhecer os seus componentes. Além disso, o macrófago expõe (“apresenta” os corpos estranhos para os linfócitos CD4 ou T-auxiliador (células de defesa especializadas).



Linfócito T auxiliador (cd4) (resposta celular)

1) estimula o linfócito B => vai começar a produzir proteínas de defesas especiais chamadas anticorpos (na verdade, é o plasmócito que produz). Os anticorpos se ligam ao corpo estranho fazendo com que ele pare de funcionar.

2) resposta celular=> estimula linfócito (D8), matador que produz substâncias químicas para a célula humana que está parasitada (intracelular)

3) também pode se ligar à célula

interleocina = comunicação entre as células de defesa


Imunidade humoral é uma subdivisao da imunidade adquirida onde a resposta imunológica é realizada por moléculas existentes no sangue, denominadas deanticorpos, produzidos pelos linfócitos B, diferente da imunidade mediada por células, que são realizadas pelos linfócitos T.

É importante no combate a organismos extracelulares e pode ainda haver participação de fagócitos, com eliminação de grânulos contendo substâncias com atividade microbicida.

Existem dois tipos de Imunidade humoral:

  • Ativa: o próprio organismo produz os anticorpos (do tipo vacina - induzida em resposta a uma infecção). Gera memória imunológica e pode ser ativada a qualquer momento, aquando de uma infecção.
  • Natural: o antígeno penetra naturalmente.







Ah, e como este é o último resumo de 2008, me despeço, esperando que todos esses resumos tenham sido "agradáveis e proveitosos a todos vocês". Desculpem só colocar na véspera e atrasado, mas tá muito corrido, ainda mais nessa etapa. Então, boas provas para todos, boas semanas de revisão e bom PAS e boas férias.
Mateus Félix.


PS: nas semanas de revisão, postarei questões do PAS resolvidas e colocaremos provas dos PAS anteriores nesse site. Falous!

Último do Lasneaux - caderno


Caderno do Lasneaux

FOLHA

#Funções:
• Fotossíntese
• Transpiração
• Trocas Gasosas (capta CO2 e libera O2)

#Anatomia Externa
A- Limbo (lâmina verde)
B- Nervuras
C- Bainha
D- Pecíolo (apenas nas DICOTILEDÔNEAS)

#Anatomia Interna
1. Cutículas
2. Epiderme
3. Parênquima Paliçádico (clorofilianos - fotossíntese)
4. Parênquima Lacunoso (clorofiliano - fotossíntese)
5. Estômato (trocas gasosas e transpiração)

# Tipos de folha
• Espinhos (folha modificada para evitar perda d’água) ex: cactos
• Bulbos (folha concêntrica) ex: cebola e alho
• Bráctea (folhas de atração - coloridas) ex: bico-de-papagaio, bouganville


FOTOSSÍNTESE
6CO2 + 6H2O >>>> C6H12O6 + 6O2

Luz >>>> Clorofila >>>> Fotossíntese
• Quantidade da luz
• Qualidade da luz (absorve bem a luz azul e a luz vermelha; absorve muito mal verde e amarelo)

-PCF= ponto de compensação fótica (intensidade de luz em que as
taxas de fotossíntese e de respiração são iguais.
# Planta de baixo PCF = planta de sombra (umbrófila) ex: violeta
# Planta de alto PCF = planta de sol (heliófila) ex: girassol



ABSORÇÃO
- Ocorre na raiz (zona pilífera), obtendo H2O e sais.
Dos sais:
#Micronutrientes : em menor quantidade (ex: Zn)
#Macronutrientes: em maior quantidade (ex: N, P, K)
Percurso de águas e sais: Pêlo > Parênquima > Endoderme > Periciclo > Xilema
O transporte pode ser pelo interior das células (Simplástico) ou por entre as células (Apoplástico) e, nesse último caso, ocorre até a endoderme (estria de Caspary - material suberinoso), onde os nutrientes e água têm de passar para dentro da célula.


TRANSPIRAÇÃO
- Ocorre na folha, perdendo água em forma de vapor.
#Tc - Transpiração Cuticular
#Te - Transpiração estomática (pelos estômatos)
>Tt (total) = Tc + Te
Transpiração cuticular Transpiração estomática
Quantidade Pequena Muita
Controle Não Sim
(estômatos com ostíolo - buraco controlável)

(Controle do Estômato) Fator Estômato
Luz + Aberto (fotossíntese)
- Fechado
Água (solo) + Aberto
- Fechado (evitar perda de água)

GUTAÇÃO ( ou sudação)
- Perda de água, na folha (final das nervuras), em forma líquida. Na verdade, não é somente água, que é perdida: é seiva bruta. Essa "água" perdida é chamada de orvalho. Condições: tem que haver água no solo e a planta não pode fazer transpiração (mais comum de madrugada).

(22.10)
TRANSPORTE DE SEIVA
• Seiva Bruta (ou inorgânica)
Xilema ou lenho; transporte ascendente
Teoria de Dixon ou teoria da sucção foliar (as folhas apresentam um déficit hídrico constante, mantido pela transpiração, logo a água é sempre requerida no "cume" da planta.

• Seiva Elaborada (ou orgânica)
Floema ou Líber; transporte descendente
Teoria de Münch ou teoria do fluxo de massa (parte da água do xilema passa para o floema por osmose para equilibrar o equilíbrio da glicose- fruto da fotossíntese, no floema. O fluxo gerado pela água que passa para o floema "acelera" a seiva mais do que a própria gravidade. Ou seja, a seiva não somente "cai", ela desce).


HORMÔNIOS
• Auxinas
"auxein", do alemão crescer
ex: Aia (ácido indolacético)
Ações:
- Crescimento (alongamento celular)
Obs: a raiz é sensível à auxina enquanto o caule é mais tolerante
- Dominância apical (a gema apical inibe, com auxinas, as gemas laterais; por isso a poda da planta aumenta a ramificação - lateralmente).
- Partenocarpia (frutos sem sementes)
Fornecendo auxinas a uma flor, ela gera frutos sem sementes.
- Enraizamento de estacas (mudas)
Estacas auxiliadas com auxina geram raízes
- Tropismos (movimentos vegetais de curvatura orientados por agentes externos. ex: girassol)
Tipos: heliotropismo(a planta "se move" em direção ao sol) , fototropismo(cresce em direção à luz) e gravitropismo (cresce contra a lei da gravidade) ou geotropismo.



















• Giberelinas
Ações:
- Cresimento (alongamento e indução de mitose)
- Partenocarpia (frutos sem sementes)
Borrifando giberelina na flor, o fruto gerado não tem sementes. Ex comercial: uva thompson
- Quebra da dormência de sementes
Quebra o estado de não-germinação das sementes e "ativa" a germinação. É eliminada pelo próprio embrião em condições favoráveis à germinação.

• Citocininas
o nome vem da última fase da mitose, a citocinese
Ações - Crescimento: induz mitose

• Ácido Abscísico
Hormônio do estresse, das condições desfavoráveis (queda de temperatura, da oferta de água/
luz).
Ações:
- Inibição do crescimento e germinação
Em condições ambientais desfavoráveis, a planta libera o ácido abscísico para evitar desvios "desnecessários" de energia para o crescimento, garantindo a manutenção da planta.

• Etileno (C2H2)
Gás eteno
Ações:
- Amadurecimento de frutos
- Abscisão (queda) de frutos e folhas



FITOCROMO
-proteína - Pigmento azul ou verde-azulado
- local: folha e semente
- baixa quantidade (por isso que a folha é verde e não azul)
- fisiologia: capta luz e , de acordo com a quantidade de luz, ele desencadeia reações de ativação ou inativação de funções.
- formas de fitocromo:
Pr <> Pfr (formas interconversíveis)
P = "Phytochrome"
r = "red"
fr = "far red" (vermelho longo ou extremo)
Pr absorve o vermelho (666 nm) e vira o Pfr.
Pfr absorve o vermelho extremo (730 nm - próximo do infra vermelho durante a noite) e vira o Pr.
Pr = forma inativa (durante a noite)
Pfr = forma ativa (durante o dia)

Ações do fitocromo na planta:
• Estiolamento
Na ausência de luz, o fitocromo fica inativo e a planta não sintetiza direito a clorofila (fica amarelada) e o caule cresce numa tentativa de alcançar a luz.

• Germinação
Fotoblastismo (germinação em função da luz)
Fotoblastismo com luz Fitocromo
Positivo germina ativo
Negativo não germina inativo
Indiferente germina
(com ou sem luz tanto faz)

• Floração
O fitocromo induz ou não a floração por interpretação do fotoperíodo (duração da luz/ do dia) durante o ano. As plantas tem reações diferentes de acordo com o fotoperíodo.

PLANTAS Floração x crítico
Dia curto abaixo do valor crítico
Dia longo acima do valor crítico
Indiferente não responde ao fotoperíodo

ex: fotoperíodo crítico de 12h. Se a planta é de dia curto, ela floresce com 10h de luz mas não floresce com 14h. O contrário acontece com plantas de dia longo.

Último do Fernando!

Só avisando que, hoje, se der, só vou fazer mais esse, o de Lasneaux(vou colocar o caderno e imagens) e do Fernando Mendes (partes específicas do livro). Chicão é sobre biomas (ler capítulo de domínios morfoclimáticos) e Fadul é só ver os slides de imunologia e pele+tecido epitelial.


Tecido Nervoso

Formado por células capazes de gerar e transportar impulsos nervosos. O tecido nervoso forma o sistema nervoso, tem origem ectodérmica e suas células principais são os neurônios (células alongadas), além das células acessórias (gliócitos).

Os neurônios são células especializadas na captação e transmissão de impulsos nervosos. São constituídos pelo corpo celular (núcleo, citoplasma, etc) e fibras nervosas. O corpo celular é a região responsável pela captação, através dos dendritos (pequenas ramificações fibrosas), que passam o impulso para um canal fibroso longo (axônio) que termina nos telodendros, que passam adiante o impulso (por isso o impulso é unidirecional). Para facilitar a transmissão do impulso elétrico, o axônio é coberto por uma camada protéica chamada Bainha de Mielina.

As células gliais são células especializadas em envolver, proteger e nutrir os neurônios, cuidando de sua manutenção. São basicamente três tipos:

  • Astrócitos: nutrição.
  • Micróglias: proteção.
  • Oligodendrócitos: sustentação e formação da bainha de mielina.

Sinapses: regiões de interação de um neurônio com outro neurônio (natureza elétrica) ou com outra célula (natureza química - neurotransmissores), onde ocorre a transferência do impulso nervoso. Os neurotransmissores químicos podem ser: dopamina, adrenalina, serotonina, acetilcolina e noradrenalina. Os neurotransmissores passam de um neurônio para outra célula através de fendas sinápticas (terminais de dopamina), que expelem os neurotransmissores, reconhecidos por receptores.

Sistema Nervoso

Composto pelo tecido nervoso, é o responsável pelo comando do corpo e de todos os estímulos metabólicos de coordenação e manutenção do organismo. Formado peo SNC (Sistema Nervoso Central) e pelo SNP (Sistema Nervoso Periférico).

O SNC é constituído de encéfalo e medula espinhal. É o processador central do corpo, que gera e coordena as informações e respostas nervosas, tanto voluntárias quanto involuntárias. As estruturas do SNC são revestidas por um tecido conjuntivo fibroso, chamado de meninge. A meninge tem subdivisões: dura-máter, aracnóide e pia-máter, que, no encéfalo, são ainda protegidas pela caixa craniana.

Quando ocorre inflamação nas meninges, chamamos essa inflamação de meningite, que pode causar aumento da pressão interna da caixa craniana, causando sérios danos à capacidade cerebral, podendo levar à morte.


O encéfalo é dividido em 6 partes:


a) Lobo olfatório: responsável pelo olfato, captação de estímulos olfatórios.

b) Cérebro: principal parte do encéfalo (mais desenvolvida); superfície pregueada (cheia de canais e dobras para poder caber na caixa craniana) e dividida em dois hemisférios (não é sul e norte, é direito e esquerdo). Os hemisférios são divididos em lobos (se diz lóbos e não lôbos):

- Lobo Frontal: controla os músculos esqueléticos, pensamento, fala, olfato.

- Lobo Parietal: interpreta sensações provenientes da pele, músculos e tendões.

- Lobo Temporal: relacionado à audição.

- Lobo Occipital: relacionado à visão.

c) Lobo Óptico: responsável por receber e interpretar as informações vindas do globo ocular e do nervo ótico.

d) Cerebelo: recebe informações musculares, visuais, auditivas e coordena a postura e movimentação corporal; coordena o equilíbrio estático do corpo.

e) Bulbo Raquidiano (ou medula oblonga): regula as funções vitais involuntárias, batimentos cardíacos, movimentos respiratórios e peristáldicos (digestão, por movimentos involuntários dos músculos abdominais).

f) Medula Espinhal (não faz parte do Encéfalo): distribúi as informações do encéfalo para o SNP e leva as informações do SNP para o Encéfalo, além de participar do reflexo. A direção comum dos impulsos é receptores - medula - encéfalo - medula - efetuadores de resposta. A medula também pode elaborar respostas simples (sem passar pelo encéfalo) para determinados estímulos (são os chamados arcos reflexos). Os reflexos podem ser monossinápticos (não podem ser controlados) ou bissinápticos (podem ser controlados pois há um neurônio associativo que pode, voluntariamente, evitar o reflexo. Exemplo de monossináptico: o martelinho do médico que, ao bater num ponto determinado, gera a contração do músculo da coxa. Exemplo de bissináptico: segurar uma panela quente, mesmo que a primeira resposta seja o afastamento da mão da fonte de calor extremo.

Tronco encefálico: junção de gânglios (mesencéfalo e ponte) com o Bulbo raquidiano e com o cerebelo, que, juntamente com o tálamo e o hipotálamo, auxiliam no funcionamento do SNC.

  • Tálamo: direcionamento dos impulsos nervosos para as áreas próximas do córtex (centro) cerebral.
  • Hipotálamo: importante na homeostase (manutenção) corporal, controlando temperatura, pressão, sensação de fome (manutenção de nutrientes). É o centro emocional e sexual (RAWWW!), ligando-se ao sistema hormonal.
  • Mesencéfalo: recepção e formação de impulsos referentes à contração dos músculos e postura corporal (funções ligadas ao cerebelo).
  • Ponte: coordenação de movimentos oculares, do pescoço e do corpo em geral; manutenção da postura corporal.

O SNP é formado pelos nervos e gânglios nervosos (concentrações de nervos responsáveis por funções específicas), com função de transmitir os impulsos do SNC para os órgãos e para as células receptoras e vice-versa. Os nervos podem ser sensitivos/aferentes (receptores > SNC), motores/eferentes (SNC > efetuadores) ou mistos. O SNP ode ser dividido em SNP Voluntário e SNP Autônomo.

- SNP Voluntário ou somático conduz ao SNC os estímulos exteriores e interiores e leva impulsos do SNC para os músculos voluntários (esqueléticos).

- SNP Autônomo: regula a parte interna do organismo, conduzindo impulsos do SNC para os músculos involuntários (cardíaco e liso). O SNP Autônomo ainda é subdividido em Simpático e Parassimpático. Basicamente, um desfaz o que o outro faz. Para lembrar as funções do Simpático, é só pensar no que geralmente acontece quando você está estimulado, animado ou assustado: suas pupilas dilatam, sua salivação diminui, seus brônquios dilatam, seu coração dispara, a ereção é estimulada e a bexiga relaxa.


Sistema Sensorial


Conjunto de órgãos dos sentidos responsáveis pela captação de estímulos externos e internos ao corpo (luz, eletricidade, calor, gosto, cheiro, umidade, pressão, gravidade, inércia, som, toque, vibração). Cada estímulo tem sua estrutura receptora específica (membrana de células sensoriais - podem ser exteroreceptores, proprioreceptores ou interoceptores). As células receptoras geram, quando estimuladas, impulsos nervosos que são levadas por nervos sensitivos a áreas específicas do cérebro, que interpretará cada estímulo.


Quimiorrecepção:

  • Paladar: a língua é o órgão responsável pela recepção de estímulos relacionados ao gosto das coisas. Essa recepção é feita através das papilas gustativas, que podem ser circunvaladas, folhadas, fungiformes, foliáceas ou filiformes. Elas captam as características das moléculas do alimento e enviam para o cérebro. Bom lembrar que aquela idéia de que cada zona da língua interpreta um sabor é errada, já que a maioria das partes da língua captam quase todos os sabores.
  • Olfato: o epitélio olfatório, órgão responsável pela captação de estímulos relacionados ao cheiro, se encontra na parte superior das fossas nasais e é formado pela bulbo olfativo e por nervos olfativos que recebem parte do ar sugado pelas narinas e capta elementos químicos presentes nele que possam ser identificados como cheiro, mandando para o cérebro. Como o epitélio olfatório representa uma parte muito pequena nas nossas fossas nasais, quando estamos resfriados, tendemos a acumular "meleca" no nariz e acabamos por tampar as ramificações dos nervos olfativos, impedindo o reconhecimento de cheiros.
  • Sabor = paladar + tato
  • Audição: o órgão é a orelha, que pode ser dividida em 3 partes:

- Orelha externa: composta pelo pavilhão auditivo (o que chamamos de orelha), pelo canal auditivo (o que limpamos, ou não, com o cotonete) e a membrana timpânica, responsável pela captação das vibrações sonoras.

- Orelha média: conjunto de ossos (martelo, bigorna e estribo) responsáveis pela transferência das vibrações timpânicas e pela ampliação dessas vibrações, tranferindo-as para a janela oval, que é a ligação com a orelha interna. Além dessas, temos outra estrutura na orelha média, chamada de Tuba Auditiva, responsável pela regulagem da entrada de ar na orelha média, regulando a pressão interna exercida no tímpano, evitando que ele rompa.

- Orelha interna: canais circulares, que fazem a "remasterização" e ampliação do som, que vai ser passado para o meio líquido na cóclea, aonde estão presentes células ciliadas (órgão de Corti) capaz de interpretar as vibrações como frequências específicas, transformando-as, finalmente, em impulsos nervosos para serem conduzidos até o cérebro.

  • Fotorrecepção: visão. O órgão responsável pela captação de impulsos luminosos é o olho, composto de:

- Conjuntiva: membrana que protege o olho;

- Esclera: conjunto da córnea (parte branca, que deixa passar a luz na região colorida do olho) e do humor aquoso, parte transparente da córnea, que faz as refrações da luz.

- Corióide: parte responsável por ajustar os raios luminosos para que sejam mais facilmente recebidos na retina. Fazem parte do corióide a íris (parte colorida), a pupila (controla a entrada de luz), a lente (controla o foco) e o corpo vítreo (dá mais nitidez).

- Retina: camada de células receptoras, que podem ser cones (diferenças de cores) ou bastonetes (diferenças de luminosidade

  • Mecanorrecepção: tato. O órgão responsável é a pele, que tem estruturas próprias para a captação de contato, pressão, calor, frio e dor.