sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Último de Geografia

Matéria do Fernando Mendes
Capítulo 16 - Espaço Urbano
O processo de formação das cidades é o que mais evidencia a ação do homem no espaço natural (alteração na vegetação, no relevo, na hidrografia). Com a urbanização e a intensificação do processo de êxodo rural, o setor terciário das cidades começou a ganhar força e espaço, ocupando os centros das cidades, que foram se tornando áreas supervalorizadas e que começaram a saturar, com o tempo. Essa saturação leva à queda da qualidade de vida, excesso de competitividade, o que leva à busca de novos locais para a instalação do setor terciário "nobre" (lojas mais chiques), os subcentros urbanos, que são afastados da zona central. Com a decadência do centro, a tendência das moradias mais ricas é se transferir para a periferia, deixando o centro povoado pela população de baixa renda, que não vive em boas condições.
Outro processo que gera segregação social nas cidades é o de especulação imobiliária: são construídos prédios habitacionais numa área pouco urbanizada, o que deixa os preços baixos, atraindo a população de baixa renda. Com o tempo, vão chegando os serviços de transporte, iluminação, escola, etc., e o imóvel valoriza muito, impedindo a população de baixa renda de continuar morando ali, sendo enxotada para as "cidades clandestinas", as favelas, aonde há casas construídas com péssimos materiais e péssimas técnicas e aonde não há serviços de saneamento, policiamento... Ou seja, o Estado é ausente e a população vive sem lei, aumentando a violência nas cidades.

Capítulo 18 - Política Territorial: Amazônia
Primeiramente, temos que diferenciar a Amazônia Internacional da Amazônia Brasileira, pois a Amazônia, um bioma, abrange vários países vizinhos ao Brasil. A Amazônia, também chamada de Amazônia Legal, corresponde a aproximadamente 61% do território nacional (quase toda a região Norte, o Maranhão e o Mato Grosso. Para gerenciar o desenvolvimento e incentivar o povoamento da Amazônia, foi criada, em 1953, a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (a SPVEA) , responsável pela construção da rodovia Belém-Brasília, com início do plano de integração territorial.
Em 1966, os militares substituíram a SPVEA pela SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), criando, simultaneamente, o Basa (Banco da Amazônia), que atraiu investimentos privados para a região. O maior problema enfrentado pela SUDAM era a fraude nas licitações. Exemplo: um sujeito pegava 30 milhões para construir um projeto de frigorífica perto de Manaus e usava o dinheiro para comprar bens e aplicar parte do dinheiro na Bolsa. Com a inflação, o dinheiro aplicado gerava muito mais dinheiro, que o sujeito pagava à SUDAM, alegando que não faria mais a obra. O problema é que a SUDAM não cobrava juros nem correção monetária, de forma que era muito lucrativo dar calote. Ainda no Regime Militar, foi construída a rodovia Transamazônica (integração territorial), que acabou por ser um fracasso, pois estava fundeada num solo úmido e instável.
Juntamente com a ferrovia Grande Carajás, a Transamazônica foi um fracasso estrutural, que hoje se encontra em semi-abandono.

Capítulo 19 - Políticas Territoriais - Nordeste
Antes de falarmos sobre as políticas territoriais no Nordeste, vejamos como se divide o Nordeste:
• Zona da Mata: região litorânea, mais urbanizada e populosa, aonde se encontram as principais capitais. O clima da região é tropical úmido. Principais produtos: cacau e cana-de-açúcar.
• Agreste: zona de transição entre o litoral e o sertão. O clima varia entre úmido e seco. Os principais produtos da região são advindos da policultura e da pecuária leiteira.
• Sertão: área da caatinga (bioma adaptado à seca), com clima semi-árido (baixíssimo nível de chuvas, alta insolação, altas temperaturas e baixa umidade). Produtos: fruticultura e pecuária (especialmente de caprinos).

Indútria da seca: mentalidade de não-combatividade em relação à seca no Nordeste, pois ela não prejudica tão intensamente a elite agrária. É a falta de vontade política de mudar a realidade e por em prática projetos que amenizem os efeitos catastróficos da seca, pois por isso em prática demanda muito tempo e dinheiro.

Planos de desenvolvimento:
Em 1960, foi criada a Sudene, com o mesmo objetivo que a SUDAM tinha para a Amazônia: atrair investimento para as regiões. O problema da fraude nas licitações também foi similar ao da SUDAM.
Em 1974, foi criada a CODEFASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), que montou represas, promoveu a irrigação do vale e a construção de moradias para a população da região. Uma questão atual sendo discutida pela companhia é a da transposição do São Francisco, que tem por objetivo fazer alguns alagamentos e desvios do rio para levá-lo aos estados do nordeste aonde o Rio não banha. O projeto passa por muito debate e muita discussão em torno dos trajetos e dos custos das obras, além dos aspectos ambientais de se mudar o curso de um rio.

Agora, matéria do Chicão
Capítulo 17 - Políticas Territoriais - Meio ambiente
Fala de que forma eram e são protegidas as riquezas naturais brasileiras pela legislação vigente. Atualmente, existem o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que delimita as áreas que devem ser protegidas e de que forma são protegidas. São tipos de unidades de conservação: Parques Nacionais, Reservas e Unidades de Uso Sustentável (existem outras também). Das unidades de Uso Sustentável, temos as APA`s (Áreas de Proteção Ambiental, caracterizadas pelo uso sustentável da terra) e as APP`s (Áreas de Proteção Permanente, aonde é delimitada uma certa porcentagem da terra ou da mata que devem ser mantidas, obrigatoriamente, como por exemplo em fazendas onde há mata ciliar ou de galeria). O que cai desse capítulo é basicamente isso.

Capítulo 3 - Clima
Entender esse capítulo ajuda a entender todo o processo de formação do clima, do solo, da hidrografia do Brasil. Primeiramente, cabe dizer que o Brasil está, quase todo ele (menos a região Sul), situada entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, zona chamada de Intertropical, caracterizada pela insolação de forma perpendicular durante todo o ano, o que gera as maiores temperaturas médias do globo e as menores amplitudes térmicas (diferença entre as temperaturas mais altas e mais baixas). Essa região é também caracterizada popr ser uma zona de baixa pressão atmosférica, com elevação do ar quente, que é expulso para zonas mais distantes do Equador, o que faz com que essas massas de ar esfriem e desçam, voltando para o Equador, aonde esquentam, sobem e aí por diante (quando a massa de ar 'foge' do Equador, é chamada de vento contra-alísio. Quando sopra para o Equador, é chamada de vento elísio). Por ocorrer essa "atração" das massas de ar para zona de menor pressão, essa zona é chamada de Zona de Convergência InterTropical (ZCIT), que muda de posição ao longo do ano, variando entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio. Essa mudança se deve ao fato da inclinação do eixo da Terra ser variável de acordo com a época do ano.
Quando a ZCIT está sobre a Amazônia (durante o verão), é criada uma massa de ar quente e úmida que atua em todo o país, gerando chuvas por todo o país. A massa de ar contrária a essa massa Equatorial continental (mEc), é chamada de massa tropical Atlântica, que é seca (a princípio) e fria, atuando no inverno e gerando chuvas orográficas no litoral (a massa ganha umidade no oceano e é barrada pela costa, condensando e precipitando). A outra massa de ar presente no Brasil, principalmente no inverno, é a massa polar Antártica, que vem do círculo polar e é fria e seca, podendo se estender por quase todo o país (essa massa é chamada de "frente fria", por se confrontar com o ar quente nas regiões do país).
As massas de ar e o ciclo das chuvas delimitam 3 climas básicos no Brasil:
• úmido (equatorial): alto nível de chuvas (região amazônica), causadas pela transpiração vegetal (50%) e pela mEc (50%).
• semi-úmido (tropical): nível médio de chuvas, com alternância da mEc e da mtA.
• semi-árido: nível muito baixo de chuvas (sertão nordestino). A alta pressão atmosférica sobre o nordeste impede a ação do mEc

Os climas levam também à entender a formação do solo nas diferentes regiões, através do intemperismo, que é o processo de desgaste das rocas, responsável pela formação da "terra", do solo "plantável". O intemperismo, de acordo com o clima, pode ser:
• Físico: processo lento de desgaste, com pouca presença de água, retendo pouca água e aprofundando muito pouco o solo, apesar de ser fértil. Ocorre em regiões semi-áridas, principalmente,
• Químico: desgaste provocado pela água, gerando compostos diversos que ajudadm na lixiviação e na erosão, deixando o solo mais pobre e mais profundo, podendo reter mais água.

Com esses conceitos, é mais fácil entender o Capítulo 4 - Domínios Morfoclimáticos.
Domínio morfoclimático é um conceito usado para se referir a um conjunto espacial de grandes dimensões, aonde interagem coerentemente as características do solo, de relevo, de clima, de hidrologia e de vegetação (biomas, abrange diversos ecossistemas). Entre domínios morfoclimáticos sempre há áreas de transição, que envolvem característica de mais de um domínio.

Os domínios são 6:
• Domínio Amazônico: floresta tropical, terras baixas, clima equatorial (mEc), chuvas abundantes, solo pobre (serrapilheira: reposição rápida de nutrientes), floresta latifoliada e perene.
• Domínio do Cerrado: bioma cerrado (campo limpo, campo sujo, cerradão, cerrado propriamente dito e matas de galeria), solo ácido e profundo, fogo natural como forma de limpeza e enriquecimento do solo (intemperismo químico), clima tropical (mEc e mtA).
• Domínio dos Mares de Morros: região litorânea, acidentada, chuvas orográficas (mtA), clima tropical-úmido, solo pobre (intemperismo químico).
• Domínio das Caatingas: Clima semi-árido, solo raso e fértil (seco - intemperismo físico), desertificação.
• Domínio das Araucárias: clima subtropical (frio e seco - mtA e mpA), floresta de coníferas (adaptadas ao frio).
• Domínio das pradarias: pampas do Sul, região de clime subtropical (frio e seco), com influência das massas mpA, principalmente, e mtA.
-Regiões de transição (ecótonos): pantanal, manguezais e mata dos cocais (MA), principalmente.

É isso, galera da L2. Boas provas! Espero que, mesmo atrasado, o resumo ajude.
Abraços,
Mateus Félix

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