quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Último de artes - Geral!

Tá bom, Félix, a gente sabe que é o "último resumo de artes", num precisa falar...
Ok,ok.
Primeiramente, vejamos artes cênicas. Um conselho que eu dou é sempre olhar o caderno: por mais que pareça deveras simples, é a base para todas as questões dele na prova. Então, nada melhor do que colocar o caderno dele aqui, já que uma boa parte do segundo ano não copia (alguns inclusive ficam jogando tetris, né?). Taí então:


SIMBOLISMO (fim do século XIX)
• Primeira reação contra o Realismo e o Naturalismo;
• Revalorização de várias características do Romantismo;
• Utilização de metáforas;
• Cenários abstratos compostos por caixas, andaimes, escadas, praticáveis;
• Transcendentalismo

TEATRO ÉPICO - BERTOLT BRECHT
-Ideologia:
• Proposta revolucionária de teatro
• Influência do pensamento marxista: materialismo dialético> teatro dialético
• Reteatralização do teatro
• Politizar o público e instigar a sua criticidade (atingir a massa)
• Teatro contra qualquer tipo de opressão

-Estética:
• Anti-naturalista
• Todos os elementos cênicos buscam produzir o efeito do distanciamento
• Interpretação: "gestus" social
• Uso de projeções, cartazes, legendas, para reforçar idéias
• Uso de narração
• Os textos são divididos em episódios

** O espectador é mantido consciente de que tudo no espetáculo é fantasia, representação. Dessa forma o espectador e levado a pensar e criticar tudo que está sendo representado e não somente se emocionar com as cenas.



Carta a um Ator
(Bertolt Brecht)

"Nós, que estamos empenhados em modificar não só a natureza humana como as demais, temos de descobrir meios de mostrar o homem por um prisma bem determinado, um prisma em que ele se revele suscetível de ser transformado por intervenção da sociedade. É, pois, necessária por parte do ator, uma orientação nova e vigorosa, uma vez que a arte de representar, de que até hoje temos disposto, se fundamenta na concepção de que o homem é o que é, e de que, em prejuízo da sociedade ou em seu próprio prejuízo, como tal permanece, "eternamente humano", "por natureza, assim, e não outra coisa", etc.
O ator tem de tomar posição, intelectual e emocionalmente, em relação às personagens e às cenas. Se o autor não estabelecer uma autêntica ligação com o seu novo público, se não possuir um interesse apaixonado pelo progresso humano, essa nova orientação não poderá concretizar-se."

Agora é minha interpretação mesmo: o prisma a que ele se refere são as diversas formas de se ver a realidade, sendo que ele incentiva o ator a tomar uma dessas posições, entendendo o porque do enredo e das personagens, fazendo um trabalho mais interpretativo que simplesmente o processo mecânico de repetição do script. Para ele, a arte é de cunho social.

"Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes: a arte de viver!"
(Bertolt Brecht- 1898/1956)

Ah! Só lembrando! Tem resumos do Eduardo nos arquivos (se não tiver no galois.kit.net, tem no .com.br) falando de Simbolismo e Teatro épico.

Artes Visuais
O foco é arte Brasileira, mais especificamente o início das Artes no Brasil.
A arte brasileira começou a ganhar relevo quando D. João transferiu-se com a Corte para o Brasil, em 1808, trazendo consigo um acervo pessoal bem considerável de obras de arte, em especial pinturas, que era exposto numa das Casas da Corte, no Rio de Janeiro. Até 1816, ficamos dependendo culturalmente (na arte, pelo menos) de Portugal e de toda influência que vinha com artistas portugueses. Em 1816, com a Missão Artística Francesa vindo ao Brasil, passamos a depender culturalmente dos franceses, e isso foi intensificando até a criação, em 1826, da Academia Imperial de Belas-Artes, com objetivo de regulamentar a arte e de premiar os artistas. Em todo esse período, a arte feita no Brasil foi considerada neoclássica ou academicista. "O neoclassicismo [ou academicismo] é um estilo artístico que se reporta à escola clássica, ou seja, à Antiguidade grega e romana, e tem como características a presença de poucos ornamentos na arquitetura, com colunas mais lisas e linhas retas, quase sem enfeites, diferente do barroco, cheio de detalhes e linhas curvas" (Arte brasileira - arte imperial; pag 10; Percival Tirapeli).
Depois do neoclassicismo, veio o Romantismo Acadêmico, em 1836, que é a junção de elementos neoclássicos, do romantismo, do historicismo e da literatura romântica - idealizadora). A parte de análise histórica da arte brasileira vem até aqui. Agora vamos às obras brasileiras que ele analisou, seguindo aquela ordem (1: estilo - 2:momento histórico - 3:tema - 4:composição - 5: materiais):

  • Enterro de uma negra (Jean Baptiste Debret)
  1. Neoclassicismo/Academicismo
  2. 1816-1831 (engloba o Primeiro Reinado)
  3. Identidade cultural, sincretismo cultural e abordagem do cotidiano (pintura de gênero)
  4. Chão quadriculado, planos sobrepostos, luz difusa, perspectiva e linhas de contorno (padrões europeus de pintura)
  5. Aquarela

  • Sagração de D. Pedro I
  1. Neoclassicismo/Acacemicismo
  2. Primeiro Reinado
  3. Retratos da Corte, arte politizada, histórica e mostrando a Igreja submissa ao Estado.
  4. Luz difusa, presença de diagonais (dinamismo) e posicionamento de elementos de forma a criar uma hierarquia na obra (relação de superioridade/inferioridade)
  5. Aquarela
  • Peri e Ceci
  1. Romantismo Acadêmico
  2. Segundo Reinado (época das premiações de artistas e de construção do ideário nacional)
  3. Indianismo (padrões europeus de representar o índio, idealizado. Representa uma passagem da obra O Guarani, de José de Alencar.
  4. Luz direcionada; contrastes claro-escuro, personagens com padrões europeus
  5. Óleo sobre tela
  • Redenção de Cã (ver páginas 66 e 67 do livrinho amarelo "Arte Brasileira -arte imperial")
  1. Realismo
  2. Segundo Reinado (discussão da identidade nacional)
  3. Enbranquecimento da raça brasileira, fim da "lenda" da mistiçagem
  4. Composição estável, personagens em 1º plano e sensação de profundidade (o varal); iluminação difusa
  5. Óleo sobre tela
  • Tiradentes (Pedro Américo)
  1. Romantismo Acadêmico
  2. Início da República Velha; a Academia Imperial vira Escola Nacional de Belas Artes (1892)
  3. Resgate da figura de Tiradentes como herói dos ideais republicanos, propaganda política, comparação de Tiradentes com Cristo (como "salvador")
  4. Sobreposição de triângulos, 1º plano destacado, 2º plano como linha do horizonte, peso visual equilibrado (simetria)
  5. Óleo sobre tela



  • Arrufos (Belmiro de Almeida)
  1. Realismo
  2. Final do séc XIX e início do XX (1ª obra pré-modernista)
  3. Ruptura com temas históricos/mitológicos/religiosos e início de um realismo voltado para a burguesia. O tema mesmo é simples: desentendimento de um casal, impassibilidade do marido e agonia da mulher, comparada à rosa, jogada ao chão.
  4. Assimetria, elemento central (corpo da mulher) criando uma diagonal dinâmica; realce na decoração do ambiente; ambiente fechado, iluminação difusa e artificial; preocupação com padronagens (tecidos, texturas)
  5. Óleo sobre tela
  • Parede da Memória (Rosana Paulina)
  1. Arte Brasileira Contemporânea
  2. Década de 90
  3. a) memória pessoal -b)visão do mundo a partir do olhar feminino -c) questões raciais
  4. Fotografias frontais e simétricas
  5. Fotografias impressas no tecido, costurado com linha, agulha; preenchimento e tinta fotográfica
  • Metamorfose cultural (Nelson Screnci)
  1. Pintura Brasileira Contemporânea
  2. final do séc XX, início do XXI
  3. usa como referência "O picador de fumo" e "A negra" para criar uma sequência de transformações culturais. Ênfase à multiplicidade de tipos humanos na cultura brasileira.
  4. sequência de "quadrinhos", repetição aliada à transformação, fundos planos, bidimensionais e coloridos (como nas obras "O picador de fumo" e "A negra")
  5. Óleo sobre tela.

Música

  • Leitura melódica
Nesse texto, irei descrever resumidamente conceitos básicos de teoria musical, necessários para a compreensão dos textos seguintes. Primeiramente, irei introduzir alguns conceitos:
- Propriedades dos sons:
1- altura: diferente entoação das notas.
2- duração: espaço de tempo em que soa o som.
3- intensidade: mesmo que volume.
4- timbre: característica que difere os sons. Ex: timbre de piano e timbre de guitarra.
- Elementos fundamentais da música:
1- Melodia: sucessão de sons, para a formação de uma linha musical. Ex: um solo de guitarra.
2- Harmonia: seqüência de sons simultâneos. Ex: uma progressão de acordes.
3- Ritmo: Movimento dos sons de acordo com a sua duração.

Notas – Duração e Altura

De acordo com a duração do som, a escrita da nota varia na seguinte seqüência:

A duração exata do tempo depende da velocidade da música, mas sempre se deve observar a relação: 1 Semibreve = 2 Mínimas, 1 Semínima = 2 Colcheias, etc.

Para representar os sons, foram criadas as notas musicais.


Na partitura existem cinco linhas e quatro espaços visíveis e mais espaços e linhas suplementares superiores, para notas mais agudas, e inferiores, para notas mais graves.

A posição da nota na partitura, em que linha ou espaço está, define sua altura.

Mas a altura pode ser afetada por um outro símbolo, chamado clave, que vem no inicio da partitura.

As claves mais usadas são:


  • Harmonia
É tocar notas simultaneamente, formando sons "compostos", que podem ser clusters (notas aleatórias) ou acordes (notas com combinações harmônicas).

  • Homofonia x Polifonia (ou contraponto)
Homofonia = apenas uma linha melódica, pode ou não ter uma baixo, mas não tem melodias contrastantes.
Polifonia ou contraponto = melodias contrastantes tocadas simultaneamente.

  • Barroco X Clássico
O barroco é teocêntrico, rebuscado, feito para elevar a alma, com muita coisa sendo tocada ao mesmo tempo (contraponto) e as músicas geralmente eram com temas sacros (cantatas, oratórios...).
O clássico é antropocêntrico, simples, exato, feito para entreter o homem e elevar a sua racionalidade, poucos contrapontos, simetria musical e temas variados (sinfonias, óperas...).

  • Cifra X Tablatura
Cifra é a representação gráfica de um acorde. Os dedos da mão esquerda no braço do violão. Em primeiro lugar, é fundamental saber que os sete acordes maiores básicos ( dó maior, ré maior, mi maior, fa maior, sol maior, la maior, si maior) são representados por sete letras maiúsculas: A (la maior), B (si maior), C (dó maior), D (ré maior), E (mi maior), F (fa maior), G (sol maior).

Também é fundamental saber que notas representam as cordas soltas do violão. De baixo pra cima ( ou seja da corda mais aguda -mais fina- para a mais grave -mais grossa-), são elas mi, sol, ré, lá, mi. Convenciona-se que a corda mais aguda do violão é a primeira, enquanto que a mais grave é a sexta.

Exemplo de acorde cifrado.

Pestana = apertar todas as cordas à mesma altura, com um dedo.

Tablatura: cada linha ( ---- ) é uma corda do violão. A primeira linha ( e ) é a primeira corda ( mi ). A segunda linha ( B ) é a segunda corda ( si ). A terceira linha ( G ) é a terceira corda ( sol ). A quarta linha ( D ) é a quarta corda ( ré ). A quinta linha ( A ) é a quinta corda ( lá ). A sexta linha ( E ) é a sexta corda ( mi ).

Se no meio da linha você encontrar por exemplo o número: 1. Isso quer dizer que você deve tocar a corda onde o número se encontra na primeira casa. Exemplo:

B|---5------0---3

G|------4--------

Para tocar isso você deve tocar: na corda sí a 5ª casa, na corda sol 4ª casa, a corda sí solta e na 3ª casa.

Pronto.... é isso.

Um comentário:

Carla disse...

Nossa, me ajudou muito esse post do seu blog, muito bom! Adorei!