quarta-feira, 18 de junho de 2008

Revolução Industrial - REVISADO

  • Primeiramente, por que esse movimento ganha o nome de Revolução?

Entende-se, por Revolução Industrial, que ocorreram mudanças drásticas e profundas em estruturas da sociedade; estruturas econômicas, sociais e técnicas, principalmente. Estas mudanças foram tão profundas e tão drásticas que tornaram possível a consolidação de um novo modo de produção, o Capitalismo; fizeram surgir uma nova classe, o Proletariado e transformou a máquina no principal meio de produção (instrumento de produção).

  • Quais foram as condições necessárias e favoráveis à Revolução?

Comecemos com a condição SINE QUA NON (sem a qual não haveria a Revolução): a acumulação intensa e acelerada de capitais pela burguesia inglesa desde a época do Mercantilismo (Dinastia Tudor,Elizabeth I, cercamentos, terras concentradas, liberação de mão-de-obra - século XVI) e ainda mais acelerada com a Revolução Inglesa (século XVII), que deu à burguesia os mecanismos políticos e aumentou sua liberdade econômica com a criação de instituições como o Banco da Inglaterra e de leis favoráveis à burguesia.

Depois disso, podemos citar as mudanças ideológicas que ocorriam no século XII, com a Revolução Científica, que criaram uma nova mentalidade sobre o homem e o mundo. Atenta à mudanças

Na Inglaterra, especificamente, existiam condições naturais favoráveis à introdução e ao desenvolvimento do capitalismo: havia, na época, abundância de mão-de-obra livre e barata (a liberação de mão-de-obra ocorreu na época dos cercamentos). Juntamente com a mão-de-obra, os cercamentos/arrendamentos disponibilizavam as matérias primas e havia, simultaneamente, abundância de recursos naturais (minérios), que seriam utilizados nas máquinas e, depois, até como combustível das próprias máquinas (carvão, por exemplo). Para encerrar, existia um mercado consumidor com quem a burguesia poderia fazer comércio. Todas essas condições, juntas, permitiram à Inglaterra permanecer, durante um século como a única nação industrializada do globo.

  • Como ocorreu e ocorre o processo de industrialização dos meios de produção?

Desde o início da revolução Industrial, o processo fabril (industrial) vem substituindo o trabalho doméstico e manual. Isso ocorre através da inserção da máquina no processo não mais como instrumento auxiliar na produção, mas como principal agente da produção.

  • Fases:

  • 1ª Revolução Industrial (1760 a 1860):

É justamente o primeiro século, onde somente a Inglaterra era industrializada ("Oficina do mundo"). As principais e primeiras indústrias que surgiram foram: metalúrgica, siderúrgica e têxtil, impulsionadas especialmente pela grande quantidade de matéria prima. O principal material utilizado era o ferro e a energia inicialmente utilizada era a hidráulica, sendo depois implementada pela energia do vapor.

  • 2ª Revolução Industrial (1860 a 1945):

A industrialização se expande para parte da Europa (França, Holanda, Bélgica, Áustria, Itália, Alemanha), para o extremo Oriente (Japão) e para a nova potência na América (EUA). Destacam-se: a indústria química, a petroquímica, motores a combustão , eletricidade, transportes, comunicação e bélica (desenvolvidas especialmente na Segunda Guerra). O ferro é, em parte, substituído pelo aço, que tem certas vantagens no uso e na transformação em produto. A energia a vapor é ultrapassada pela energia elétrica e pela proveniente do petróleo.

  • 3ª Revolução Industrial (à partir de 1945):

A se espalha pelo mundo todo, atingindo os países menos desenvolvidos. A tecnologia utilizada é mais refinada , exigindo materiais como fibras óticas, chips, entre outros. Com a demanda de energia ainda maior que na 2ª Revolução e com a necessidade de buscar novas fontes energéticas, surgem energias alternativas, principalmente a energia nuclear.


  • Principais transformações

A mais evidente é a consolidação do modo de produção capitalista. Nesse contexto, existem os que têm a propriedade dos meios de produção e os que não têm nada além da própria força de trabalho, que é vendida por troca de um salário. Podemos escrever, então, o capitalismo como sendo consequência da relação capital X trabalho. Marx conclui que, em tal relação, deve ser levada em conta a mais-valia. A mais-valia consiste em pagar menos por um trabalho do que este realmente vale, gerando lucro para quem vende e prejuízo para quem produz. Marx caracteriza a mais-valia como exploração; exploração esta responsável pela concentração de renda e aumento da desigualdade.

As demais transformações, como o surgimento do proletariado, o aumento da produção e dos mercados consumidores, a consolidação da divisão social do trabalho, o surgimento da Divisão Internacional do Trabalho, os movimentos trabalhistas , as leis trabalhistas, as atuais condições de trabalho, o neocolonialismo e o consumismo exacerbado dos dias de hoje, entre outras tranformações, são, direta ou indiretamente, consequências da relação capital X trabalho.

Um comentário:

Anônimo disse...

isso é um lixo ♥JB♥