Só a poesia romântica, e não a prosa, pode ser separada em gerações. Isto porque somente na poesia há características específicas de cada geração (na prosa as características se repetem aleatoriamente em todas as fases/épocas). As três gerações de poetas românticos são:
- primeira geração: marcada pelo nacionalismo (criação da identidade, separação política e ideológica de Portugal), pelo indianismo (idealização do índio semelhante ao medievalismo) e pela religiosidade (elevação do pensamento e da própria poesia a Deus). Destacam-se, nela, Gonçalves de Magalhães (marcou o início do romantismo brasileiro) e Gonçalves Dias (um dos maiores poetas românticos). (foto: Antônio Gonçalves Dias)
- segunda geração: "ultra-romântica"; marcada por individualismo (esquece-se um pouco do nacionalismo, da realidade exterior: o foco é no "eu"), pessimismo (o distaciamento da realidade ou a falta de amor/compreensão cria um vazio, uma solidão: os poetas buscam consolo nos vícios -álcool, drogas, mulheres) e morbidez (depois da "ressaca emocional", os temas ganham caráter moribundo, escuro). Essa geração é também chamada de "mal-do-século"(drogas, satanismo, pessimismo, temas macabros, poetas suicidas). Temas comuns: a dúvida/dualismo, o tédio, a orgia (sexo, drogas, tinha rock'n roll?), a infância, o medo de amar (sentir-se culpado por desejar fazer atos impuros, lascivos com a mulher, considerada virginal, pura. Resumindo? Medo do pecado e culpa por querer pecar). Destacam-se: Álvares de Azevedo (o principal; fala de temas macabros, satânicos. Muito influenciado pelas obras do inglês Lord Byron), Junqueira Freire, Casemiro de Abreu, Fagundes Varela, todos tendo em comum o 'medo de amar'. (foto: Antônio Álvares de Azevedo)
- terceira geração: Condereiros. (não cai)
Importante ressaltar que, apesar das características específicas variarem, é sempre forte no Romantismo a poesia lírica, de amor (a que propriamente denominamos hoje como "romântica"). Tal poesia, porém, agregava as outras características de cada geração; por exemplo, na primeira geração, a poesia lírica muitas vezes trazia, como eu lírico, um indígena (idealizado) ou, como fundo, a natureza brasileira (mesmo que idealizada, também) ou na segunda, falando de temas macabros, satânicos e, simultaneamente, falando da mulher amada e do pecado.
Dúvidas, erros no resumo: falar com félix.
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